Os astrônomos usaram o Telescópio Espacial James Webb para espiar no tempo até os primeiros dias do universo – e eles descobriram algo inesperado. O observatório espacial revelou seis galáxias massivas que existiram entre 500 milhões e 700 milhões de anos após o Big Bang que criou o universo.
A descoberta está derrubando completamente as teorias existentes sobre as origens das galáxias, de acordo com um novo estudo publicado na quarta-feira (22) na revista Nature.
“Esses objetos são muito mais massivos do que se esperava. Esperávamos apenas encontrar galáxias pequenas, jovens e bebês neste momento, mas descobrimos galáxias tão maduras quanto a nossa no que antes era entendido como o alvorecer do universo”, disse o coautor do estudo Joel Leja, professor assistente de astronomia e astrofísica da Penn State University, em um comunicado.
O telescópio observa o universo em luz infravermelha, que é invisível ao olho humano, e é capaz de detectar a luz fraca de estrelas e galáxias antigas. Ao observar o universo distante, o observatório pode essencialmente voltar no tempo até cerca de 13,5 bilhões de anos atrás – os cientistas determinaram que o universo tem cerca de 13,7 bilhões de anos.
“A revelação de que a formação massiva de galáxias começou extremamente cedo na história do universo derruba o que muitos de nós pensávamos ser ciência estabelecida”, disse Leja.
“Temos chamado informalmente esses objetos de ‘disjuntores do universo’ – e eles têm feito jus ao seu nome até agora”.
As galáxias são tão massivas que entram em conflito com 99% dos modelos que representam as primeiras galáxias do universo, o que significa que os cientistas precisam repensar como as galáxias se formaram e evoluíram.
A teoria atual sugere que as galáxias começaram como pequenas nuvens de estrelas e poeira que cresceram com o tempo.
CNN Brasil