7 de dezembro de 2023 04:01
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Assassino em série, Pedrinho Matador é morto em São Paulo

Foto: Flávio Craveiro/Estadão Conteúdo

Pedro Rodrigues Filho, assassino em série conhecido como Pedrinho Matador, de 68 anos, foi encontrado morto neste domingo (5) em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. O caso foi registrado como homicídio qualificado.

A SSP informou que policiais militares foram chamados para atender a ocorrência na Rua José Rodrigues da Costa. A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo e os suspeitos fugiram logo após o crime, afirmou.

O criminoso, preso em 1973 ficando até 2018, ganhou notoriedade na década de 1980 quando foi condenado a quase 300 anos de prisão por matar dezenas de pessoas, além de outros crimes, como roubo. Apesar de ter 71 assassinatos em sua ficha criminal, ele diz que fez mais de 100 vítimas. A pena foi alterada em 2019, já que o Código Penal brasileiro não permite que alguém cumpra pena privativa de liberdade por mais de 40 anos.

“(…) Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato”, disse ele empara o Jornal Estadão numa matéria publicada em 26 de agosto de 1986.

“Não tenho nenhum arrependimento. Mato e é tudo natural”, afirmou. “Não temo nada. Nunca temi. Desde que fugi de casa e cai no mundo. O importante é estar preparado. Tenho uma força que me ajuda a matar. Mas esse assunto é segredo”.

Segundo o texto, Pedro fugiu de casa, em Mogi das Cruzes, aos 9 anos, e nunca mais parou. A fuga ocorreu pois não aguentava o pai, bêbado, que agredia a mãe. Ele costumava fazer assaltos na zona leste e na região central da capital paulistana. Neste momento, vivia em hotéis nos arredores do Parque Dom Pedro II, na Sé.

As primeiras mortes orquestradas por ele teriam ocorrido quando tinha apenas 11 anos. Executou o traficante Jorge Galvão, seu irmão e cunhado, com uma arma de fogo. “Não acreditaram em mim, um menino magro, que mal conseguia segurar a automática”, disse ao Estadão.

Fora da prisão, Pedro se converteu e se tornou religioso, conforme mostra canal do YouTube chamado “Pedrinho Ex Matador com Jesus”, que compartilhava vídeos do ex-detento e conta mais de 27 mil inscritos.

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