Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), mostram que o total de denúncias de pessoas trabalhando em condições análogas a de escravo no Brasil é o maior desde 2012. As informações foram liberadas para o UOL nesta terça-feira (7).

Apesar do aumento de denúncias nos últimos anos, os resgates diminuíram entre 2013 e 2017. O recorde foi em 2012 (2.775 resgates), enquanto 2017 foi o ano com menos pessoas retiradas dessa situação degradante, segundo o Portal da Inspeção do Trabalho. Em 2022 se aproximou do patamar de 11 anos antes.

O procurador do trabalho Italvar Medina, diz qie houve “redução das fiscalizações de rotina” nos últimos anos porque “não é feito concurso público desde 2013 e há mais de 1.500 cargos vagos, o que representa quase 50% do total de cargos”.

O MPT também recebe denúncias, porém é o Ministério do Trabalho quem realiza a filtragem das que serão verificadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel —que realiza a grande maioria das operações.

Procurado pela UOL, o Ministério do Trabalho não quis comentar o aumento das denúncias e a redução dos resgates nos últimos anos, mas confirmou a queda no quadro de fiscais, que passou de 2.496, em 2016 — último dado disponível —, para 1.952 em 2022.