5 de dezembro de 2023 05:59
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Desemprego fica estável em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro

Foto: Reprodução

A taxa de desocupação, que mede o desemprego no país, ficou em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro. Essa taxa representa uma estabilidade na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro de 2022, quando ficou em 8,3%, e é a menor para o período (novembro a janeiro) desde 2015. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve queda de 2,9 pontos percentuais (p.p.).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE. Eles revelam que no trimestre, o contingente de pessoas sem emprego foi de 9,0 milhões, o mesmo número do trimestre que terminou em outubro de 2022, mas com o registro de queda de 3 milhões de pessoas na comparação anual, quando havia 12 milhões de brasileiros nessa condição.

“Essa estabilidade ainda seria uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023″, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua.

O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 56,7%, igualando o percentual alcançado no mesmo trimestre de 2016. Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,6 milhões, o que representa uma queda de 1 milhão de pessoas em relação ao trimestre terminado em outubro.

“Pelo lado da ocupação, o registro é de queda no trimestre, após uma sequência de expansão do número de trabalhadores nos trimestres móveis de 2022. No confronto anual, o contingente de ocupados segue crescendo, com alta de 3,4%. Então, se pelo lado da desocupação, há uma estabilidade, pelo lado da geração de trabalho o movimento já é de perda de ocupação. Observamos, assim, dois panoramas: em uma análise de mais curto prazo é observada uma queda na formação de trabalho enquanto no confronto com um ano atrás o cenário ainda é de ganho de ocupação”, afirma Beringuy.

De acordo com a coordenadora da Pnad Contínua, esses resultados explicam o cenário observado ao final do trimestre móvel de novembro a janeiro. “Esse efeito conjugado entre a estabilidade da população desocupada e retração do número de trabalhadores, deixou a taxa de desocupação estável”, ressalta.

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