Nas últimas décadas, por conta da iluminação de ruas, prédios e casas, a observação astronômica tem sido prejudicada. A chamada poluição luminosa aumentou 9,6% ao ano de 2011 a 2021, segundo estudos.
Além da já conhecida poluição atmosférica, o fenômeno também contribui para mudar a aparência do céu noturno, afirmam especialistas.
“A poluição luminosa é a incapacidade de ver o céu noturno como ele é naturalmente por causa da iluminação artificial das cidades, das casas e das ruas. Isso é bem comum na vida moderna, mas é algo que, se a gente for pensar na história da humanidade, é muito recente. Não tem mais do que um século, talvez menos que isso, na maioria dos lugares”, explica Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), em comunicado.
Uma das formas de poluição luminosa mais intensas é o chamado “skyglow”, em que as partículas que compõem a luz, chamadas fótons, são emitidas principalmente por luzes da rua, entre outras fontes de luz produzidas pelos humanos.
Estima-se que atualmente mais de 80% da população seja afetada pela poluição luminosa. Em alguns lugares, como no Chile, Estados Unidos e Havaí, existem iniciativas para reduzir a iluminação perto dos observatórios.