Um estudo encomendado pelo Blue Keepers, projeto ligado à Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da ONU no Brasil, estima que atualmente há aproximadamente 150 milhões de toneladas de plástico circulando nos oceanos, os maiores prejudicados pela má gestão dos resíduos.
O lixo no mar é um problema grave qye se complica ainda mais quando estes materiais, por conta da ação das ondas e do tempo, desintegram e se transformam em microplásticos. Os fragmentos de plásticos são encontrados geralmente com tamanho inferior a 5 milímetros de comprimento, e o que parece minúsculo vem sendo considerado como um dos principais poluentes do ambiente aquático e terrestre da atualidade.
Sua presença altera a composição bioquímica do ecossistema, prejudicando assim o meio ambiente e, consequentemente, a saúde humana, quando ingerido ou aspirado, já que o microplástico atua como captador de poluentes altamente tóxicos.
Um estudo publicado no periódico científico Environmental Research revelou que microplásticos são absorvidos pelas frutas e vegetais, como maçãs, cenouras, alface, couve e repolho. A pesquisa destacou que entre os prejuízos causados está a não absorção dos nutrientes dos alimentos ingeridos, pois a presença de microplásticos acaba neutralizando tais substâncias no organismo.
Outros estudos também apontam a presença de microplásticos em peixes e outros animais marinhos, bem como nas aves e bois, que teriam impacto na saúde humana por meio do consumo da carne, do leite e de produtos derivados, tão importantes na cadeia alimentar.
Ainda pouco se sabe sobre quais os efeitos diretos que os microplásticos podem vir a ter no corpo humano, embora existam estudos sendo promovidos neste sentido que já sugerem danos no sistema digestivo, aumento do risco de doenças crônicas e até desreguladores de hormônios. Entretanto, num segundo passo, há também inúmeras pesquisas em busca de solução para a redução desses impactos, tanto no meio ambiente, quanto na saúde humana.
Com informações de CNN Brasil