Os bandidos estão criando novas abordagens para golpes aplicados há muito tempo, como o da falsa central telefônica, do motoboy e o do acesso remoto, que ficou popularmente conhecido como golpe da mão fantasma. As estratégias são novas, mas as táticas, velhas: com o uso de técnicas de engenharia social, que consistem na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações em favor das quadrilhas.
A melhor forma de se proteger de uma tentativa de golpe é a informação. Por isso, para que o cliente possa se proteger e evitar a engenharia social, a Febraban e os bancos têm investido constantemente e de maneira massiva em campanhas de conscientização e esclarecimento com a população por meio de ações de marketing em TVs, rádios e redes sociais.
O Brasil é conhecido mundialmente por seu papel de vanguarda em tecnologia bancária e por ser precursor em várias soluções que facilitaram o acesso de milhões de brasileiros ao sistema financeiro, fruto de um investimento anual de R$ 30 bilhões em tecnologia, sendo 10% deste total voltados para a cibersegurança.
O cliente bancário também conta com o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes, como mensageria criptografada, autenticação biométrica, tokenização, e usam métodos e tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial em processos de prevenção de riscos. Estes processos são continuamente aprimorados, considerando os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente de riscos.
“Tanta segurança faz com que o fraudador brasileiro se volte para o cliente final. Técnicas como a do phishing, ou pescaria digital, usam e-mails, SMS, mensagens em aplicativos, posts em redes sociais e páginas falsas na internet para induzir o usuário a revelar senhas e dados pessoais ou clicar em links que instalam aplicativos maliciosos no celular do cliente. Também existem bandidos que se passam por falsos funcionários de bancos, empresas e até mais recentemente como falsos policiais e induzem a vítima a fornecer informações confidenciais e a entregar cartões bancários” alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
“Pare, pense e sempre desconfie. A Febraban reforça que dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix, de transações, pagamentos, estornos de lançamentos e também não solicitam que instalem aplicativos ou entreguem seus cartões para motoboys. Se isto ocorrer, é golpe”, acrescenta.
Fonte: IG Economia