29 de novembro de 2023 15:32
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Cientistas estudaram supostos casos de Zumbis no Haiti

Foto: Tithi Luadthong/ Shutterstock

Há mais de 20 anos no Haiti, três zumbis fizeram parte de um ensaio clínico intitulado “mortos-vivos”. No estudo, cientistas tentaram descobrir a identidade dessas pessoas que teriam morrido há muito tempo e voltaram dos mortos.

Segundo as crenças do voodoo haitiano, as almas dos mortos podem ser capturadas por feiticeiros, conhecidas como bokors, que as utilizam para reanimar cadáveres que acabaram de morrer, tornando-os em zumbis. Avistamentos deles são tão comuns no país que anualmente, a polícia local recebe até 1000 denúncias de mortos-vivos vagando pelas zonas rurais.

Publicada em 1997, a pesquisa analisou os zumbis usando eletroencefalografia e testes de DNA, para verificar a atividade cerebral deles e se eles ainda estavam vivos.

Nos casos analisados, estão de uma mulher que morreu com 30 anos e foi avistada 3 anos depois por familiares. A inspeção em seu túmulo revelou que ele estava cheio de pedras, alimentando ainda mais a crença de que ela era uma morta-viva.

De acordo com o que os cientistas escreveram na pesquisa “ela manteve a cabeça abaixada e andou extremamente devagar e rigidamente, mal movendo os braços”, além de não conseguir falar, “mas ocasionalmente murmurava algumas palavras incompreensíveis, mas estereotipadas”.

A eletroencefalografia apontou que não havia nada errado com ela, e a justificativa para o seu estado, era de que ela sofria de esquizofrenia catatônica. Mas eles não conseguiram explicar exatamente como ela voltou dos mortos.

A hipótese melhor aceita, é a de que ela nunca morreu. A mulher teria sido envenenada com toxina neuromuscular que induziu a catalepsia fazendo com ela parecesse morta. Após ser enterrada, ela foi retirada antes mesmo de acordar, mas não com tempo suficiente para evitar que a falta de oxigênio causasse danos cerebrais.

O segundo caso estudado foi de um homem de 26 anos. Ele foi visto 19 meses depois de sua morte e depois disso foi mantido acorrentado em uma árvore na casa de seus pais. O diagnóstico dele não apontou nada sobrenatural, mas sim que possuía síndrome cerebral orgânica e epilepsia. Além disso, o teste de DNA indicou que ele não era a pessoa que havia morrido pouco tempo antes, derrubando a hipótese de um zumbi.

Um caso parecido aconteceu com o terceiro morto vivo, uma mulher de 31 anos que havia morrido há 13 anos reapareceu. Os exames médicos indicaram que ela era humana e que não era a pessoa falecida.

Acredita-se que nesses dois casos, a justificativa seja de que parentes enlutados acabaram identificando estranhos errantes e com distúrbios psíquicos como os entes falecidos.

 

 

FONTE: OLHAR DIGITAL

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